quarta-feira, 17 de agosto de 2011

tchau . vai. some. sai daqui.

Os livros e os filmes românticos eram a minha companhia. Eles me bastavam. Quando eu tinha vontade de ter um pouco de romantismo na minha vida, bastava ler um livro ou ver um filme. E, tcham, era o suficiente. Mas então eu comecei a te ver de um modo diferente, a te sentir de um modo diferente. E agora quando eu procuro o romance nos filmes e livros, fico sonhando e imaginando o quão bom seria se fossemos nós, se fosse uma história só nossa, se aquele livro ou filme contasse a nossa história. E é tão cruel voltar pra realidade e ver que não há uma história nossa, porque não há um nós. Há um eu, e há um você. Completamente diferentes, distantes e impossíveis. E que isso passe logo e eu possa voltar pros filmes e livros. Que eles voltem a me bastar. Porque eu não sei o que fazer sem eles, não sei agir quando o controle da minha vida não está nas minhas mãos, quando não sou eu quem decido a direção e o rumo. E principalmente porque eu não posso te contar essa confusão que está no meu coração – ou seria cabeça? -, não posso te falar sobre essa minha vontade de que haja um nós. Então, faz um favor? Some da minha cabeça e leva essas minhas confusões contigo, mesmo que você não seja o culpado. Eu já tenho o suficiente pra me preocupar com a faculdade. Ela é minha prioridade e a minha vida. Então, para de atormentar a minha mente e confundir meus sentidos.

IsisD.

domingo, 17 de julho de 2011

navio pirata .

"A cada passo que dou sinto como se minha vida fosse desmoronando, aos poucos, bem devagarzinho. Sinto como se estivesse andando numa prancha de um navio pirata, pronta para dar o último passo da minha vida e ser engolida por um oceano imenso e devastador, dando um ponto final na minha vida entupida de vírgulas.

Eu e minha paixão por vírgulas, sempre que posso coloco uma vírgula e mudo o significado de tudo... mesmo quando quero que a história permaneça a mesma, algo acontece e eu acabo precisando de uma vírgula, de um novo significado praquilo que já ficou velho, debilitado, esgotado. Como eu poderia imaginar que depois de uma vida inteira fazendo as coisas do melhor modo possível, sendo sempre racional, correta, mantendo minha moral e ética intactas, como eu poderia sequer imaginar que a minha última vírgula, que pareceu mais um tropeção, conseguiria balançar as coisas desse modo?

Não que eu seja vítima, eu não sou vítima, nunca fui, mas com certeza eu tenho me mantido no controle das coisas, das pessoas e dos sentimentos. E agora eu me sinto sem o menor controle, se eu der mais um simples passo a minha vida acaba, o oceano me engole e eu serei parte dele, mas se eu tentar voltar... Se eu tentar voltar e mudar tudo outra vez, os piratas irão me matar, me cortar com suas espadas e me enojar com seu cheiro de rum e suor. E ficar parada? Eu simplesmente não sei, e não posso, ficar parada. Uma hora terei de encarar a situação e tomar uma atitude."

Isis Dettweiler

quinta-feira, 16 de junho de 2011

sobre minha vida pós-você .


No meu quarto eu sinto o vazio. Um vácuo tão perceptível que poderia jurar que consigo ver o silêncio ecoando por entre o nada. Esse eco, é oco, opaco e fosco. Me faz notar que nada será igual enquanto estiveres ausente. E eu sei que você vai se manter ausente, porque eu acabei saindo pela culatra, acabei me tornando tudo o que mais odeio, me tornei egoísta, egocêntrica, possessiva e obsessiva.

Com você eu aprendi o que é ter um homem entre os braços, a sua maturidade tão segura contrastava com a minha insegurança sempre tão imatura.

Ao olhar para o nosso quarto lembro o quanto é bom ter conhecido um homem de verdade, ainda que eu tenha te deixado partir, ainda que as minhas atitudes infantis tenham sido o motivo da sua partida... ainda que isso tenha mudado completamente o meu modo de ver as pessoas, os homens, e principalmente, os relacionamentos. Você mudou tudo na minha vida, e agora ao sair de casa para tentar me divertir, acabo me deparando com tanta criança crescida e imatura que se faz de homem e acredita que vai me enrolar que não consigo deixar rolar, ainda bem. Eu não consigo mais me relacionar com pessoas da minha idade, as acho tão tolas, inconsequentes e imaturas. Me sinto uma velha, apesar da minha pouca idade. E o pior é que eu não sinto vontade de ser de outro modo. Não consigo me imaginar de outro modo desde que te conheci, e nem quero ser de outro modo.

Porque você me ensinou que posso ser amada assim, que posso me amar assim. E principalmente, que eu não devo mudar pelos outros."

Isis D.

terça-feira, 31 de maio de 2011

evito .


“Inspiração, cadê você? O sol já não brilha mais. A paixão já não aquece mais o meu ser. O frio não cede nem por um segundo. Talvez meus sentimentos tenham se congelado, seja pelo frio da estação, seja pelo medo, seja pelas decepções que o meu coração já sofreu.

Já não lembro como é ter um coração que palpita no peito, que aquece o corpo e alimenta a alma. Não sei se me sinto culpada por essa solidão. Não sei se esta culpa realmente me pertence, ou se apenas fui, e sou, mais uma vítima do acaso. Mesmo que eu não acredite em vítimas e em acaso.

Evito pensar em você, no seu sorriso sempre exposto e nos seus olhos sempre vivos. Evito, de verdade. É doloroso demais lembrar o calor que eu sentia sempre que os teus olhos sorridentes encontravam a angustia dos meus e o modo como o seu sorriso contagiava o meu dia e fazia com que tudo parecesse ótimo. E é por isso que eu te evito de todos os modos, por mais doloroso que seja evitar. Sentir uma dor por evitar outra. Contraditório, não?!”

Isis D.

A partir de hoje os textos do blog, provavelmente, estarão no tumblr.
http://comoovento.tumblr.com

domingo, 22 de maio de 2011

intitulável .


Há muito não sei o que é ser feliz, o que é viver alegremente. Deixo o vento bagunçar os meus cabelos e o sol iluminar minha alma na esperança de que isso aquiete o meu coração. Como se essas minhas sensações e sentimentos fossem algo de pele, de exterior. Como se o meu mal tivesse solução.
E se o meu mal realmente não tiver solução? Serei condenada a viver assim, esperando a morte chegar enquanto vejo as pessoas ao meu redor sendo capazes da tal felicidade? E se nem a morte fosse a solução? Este problema está tão intimamente ligado a mim que me perseguiria por toda a eternidade, numa busca incessante de companhia. Parece que ele se encaixa no meu modo de ver a vida.
Infelizmente, o meu modo de ver a vida não parece possuir uma solução também. Só as palavras me entendem, apenas elas me acolhem e me consolam nos momentos mais difíceis da minha vida. Sempre foi assim. E a culpa é minha, se é que essa história tem um culpado. Ninguém pode ser responsabilizado pelo meu imutável desgosto pelas coisas da vida. E da morte.
Escrito em um dia assim. Sem sentido.
Não, eu não me sinto assim de verdade. Às vezes, quem sabe.

domingo, 8 de maio de 2011

feliz dia das mães .


"Obrigado mãe por todo seu amor
Penso em você e morro de saudade
O seu nome vai comigo aonde eu for
Sempre na tristeza e na felicidade
Obrigado mãe por tudo que me deu
Seu carinho, esperança e afeição
Pra você eu sou criança e quando vem a solidão
Vou buscar abrigo no seu coração

Eu lhe agradeço minha mãe
As vezes que me consolou
E cada lágrima sentida
Que por mim já derramou
Obrigado pelos beijos e conselhos que me deu
E a vida que você me ofereceu

Eu lhe agradeço minha mãe
As vezes que me consolou
E cada lágrima sentida
Que por mim já derramou
Obrigado pelos beijos e conselhos que me deu
E a vida que você me ofereceu

Obrigado minha mãe por tudo que eu sou
Obrigado mãe que tanto se sacrificou
Fez tudo pra me ver feliz
Capaz de até morrer por mim
Muito obrigado, por me amar assim."

Essa música se chama Obrigado mãe e pelo que tudo indica é do Agnaldo Timóteo mesmo eu não sabendo quem é esse aí.

Então, como já deu pra notar, esse é um post especial para a minha mãe. Acho que nunca fiz nada desse tipo por aqui, confesso que não é muito o meu estilo. Mas dessa vez me senti a vontade para fazer. Até porque eu duvido que alguem, alem da minha mãe, vá ler até o fim. (:

Acredito que há muita coisa a ser dita nesse dia, mas mais ainda a ser sentida. Dia das mães é o dia para homenagear aquela que nos colocou no mundo, nos deu amor e nos alimentou de si. É o dia para abraçar sua mãe relembrá-la o quanto você é injusto com ela às vezes, falar o quanto a ama e abraçá-la apertado. Ou para os que já não tem mais a mãe consigo, relembrar o quanto ela faz falta e o quanto foi bom tê-la na sua vida.
Pois, hoje em especial, é para a minha mãe. Aquela mulher linda, amável e cheia de garra. Ela, que se dedicou, ficou noites sem dormir, me deu abrigo emocional e físico, segurava a minha mão quando eu tinha pesadelo e ia dormir na cama dela. Ela, que conseguiu trabalhar, ser mãe e esposa com grande destreza.
Mãe que me aconselhou e me viu quebrar a cara milhões de vezes quando não seguia seus conselhos, sem nunca jogar na cara que tinha avisado. Que sempre esteve comigo, mesmo quando o que eu decidi não era o melhor pra mim. Que nunca me abandonou, nem quando eu mesma havia me abandonado.
Mãe, que eu desobedeci e desrespeitei tantas vezes. Que eu decepcionei e magoei. Que tantas vezes me viu ser injusta com ela e sempre me perdoou sem que eu precisasse pedir perdão.  
Mãe que me cobria na cama, dava um beijo na testa e dizia que me desejava boa noite e bons sonhos. Que me viu crescer e mudar. Mudar de gostos e de cidade, ficando tão distante que nem mesmo um beijo e um abraço de dia das mães vai ganhar de mim. 
Mas, Mãe, obrigada por tudo! Hoje eu sou quem sou por causa de você. Eu te amo muito, apesar de quase nunca falar. Obrigada por ter me deixado ser livre e confiar nos seus ensinamentos. Sabe como é, não vou te deixar mal acostumada. Eu te amo, e se você pudesse ler meu sentimento, conseguiria sentir o quanto é imenso e o quanto eu desejo te dar um abraço e um beijo. Porque, no momento, mais importante do que falar que te amo, é te sentir bem perto de mim.

Feliz dia das mães (:

quarta-feira, 4 de maio de 2011

música .



Não sei, essa é a única música que faz o meu coração bater acelerado e devagar ao mesmo tempo. Então, já que minha vida tá bem assim, devagar e acelerada, numa mesma área.

:*

segunda-feira, 2 de maio de 2011

meu sol de inverno .


A verdade é que eu me sinto uma perdedora e isso me mata dia após dia. A verdade é que tudo que eu toco acaba dando errado de algum modo, tudo que eu amo me machuca, tudo que eu quero se mostra impossível e grita aos meus ouvidos e ao mundo que eu sou uma perdedora.

A verdade é que o que eu estou sentindo por você nunca senti por mais ninguém. E que essa minha mania de acabar estragando tudo de algum modo me deixa com medo de que aconteça o mesmo com você, o mesmo conosco. Tenho medo de te tocar e você desmoronar. Tenho medo de me entregar pra esse amor e me machucar, ou pior, te machucar. Você é sempre tão perfeito ao seu modo, seus olhares e seus sorrisos, seu modo de fazer com que eu me sinta especial e importante.

Você, do jeito que você é, perfeito sendo você mesmo, faz com que eu me sinta, pela primeira vez na minha vida, completa. Completa, como se só nós dois pudéssemos mudar o mundo, como se eu pudesse fazer algo realmente bom e proveitoso. Você me mostrou como sorrir sem culpa, sem lembrar das dores do passado. Me ensinou a ser mais livre dos meus medos, e ironicamente me deixa com tanto medo de que tudo que nós temos e sentimos não passe de um sonho, que num estalar de dedos pode sumir e fazer com que eu sinta o vazio de novo.

Cansei de ser uma perdedora, cansei de sentir esse vazio que existia antes do seu sorriso iluminar os meus dias e fazer com que a dor pareça tão pequena e irrelevante. Cansei de ser sozinha. Quero ser o melhor que posso, por mim e por você, por nós. E fazer com que as dores do passado não importem, porque a verdade é que não existia luz na minha vida antes de você aparecer como um sol que aquece depois de um inverno rigoroso.

Isis Dettweiler, 02/05/2011


Dedicado à Liege Dettweiler, irmã.

Por saber o que é isso.