“No meu quarto eu sinto o vazio. Um vácuo tão perceptível que poderia jurar que consigo ver o silêncio ecoando por entre o nada. Esse eco, é oco, opaco e fosco. Me faz notar que nada será igual enquanto estiveres ausente. E eu sei que você vai se manter ausente, porque eu acabei saindo pela culatra, acabei me tornando tudo o que mais odeio, me tornei egoísta, egocêntrica, possessiva e obsessiva.
Com você eu aprendi o que é ter um homem entre os braços, a sua maturidade tão segura contrastava com a minha insegurança sempre tão imatura.
Ao olhar para o nosso quarto lembro o quanto é bom ter conhecido um homem de verdade, ainda que eu tenha te deixado partir, ainda que as minhas atitudes infantis tenham sido o motivo da sua partida... ainda que isso tenha mudado completamente o meu modo de ver as pessoas, os homens, e principalmente, os relacionamentos. Você mudou tudo na minha vida, e agora ao sair de casa para tentar me divertir, acabo me deparando com tanta criança crescida e imatura que se faz de homem e acredita que vai me enrolar que não consigo deixar rolar, ainda bem. Eu não consigo mais me relacionar com pessoas da minha idade, as acho tão tolas, inconsequentes e imaturas. Me sinto uma velha, apesar da minha pouca idade. E o pior é que eu não sinto vontade de ser de outro modo. Não consigo me imaginar de outro modo desde que te conheci, e nem quero ser de outro modo.
Porque você me ensinou que posso ser amada assim, que posso me amar assim. E principalmente, que eu não devo mudar pelos outros."
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