domingo, 22 de maio de 2011

intitulável .


Há muito não sei o que é ser feliz, o que é viver alegremente. Deixo o vento bagunçar os meus cabelos e o sol iluminar minha alma na esperança de que isso aquiete o meu coração. Como se essas minhas sensações e sentimentos fossem algo de pele, de exterior. Como se o meu mal tivesse solução.
E se o meu mal realmente não tiver solução? Serei condenada a viver assim, esperando a morte chegar enquanto vejo as pessoas ao meu redor sendo capazes da tal felicidade? E se nem a morte fosse a solução? Este problema está tão intimamente ligado a mim que me perseguiria por toda a eternidade, numa busca incessante de companhia. Parece que ele se encaixa no meu modo de ver a vida.
Infelizmente, o meu modo de ver a vida não parece possuir uma solução também. Só as palavras me entendem, apenas elas me acolhem e me consolam nos momentos mais difíceis da minha vida. Sempre foi assim. E a culpa é minha, se é que essa história tem um culpado. Ninguém pode ser responsabilizado pelo meu imutável desgosto pelas coisas da vida. E da morte.
Escrito em um dia assim. Sem sentido.
Não, eu não me sinto assim de verdade. Às vezes, quem sabe.

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