sábado, 23 de dezembro de 2017

sem nome, sem relevância

Então eles se despediram e ela foi embora fechando a porta sem nunca mais olhar pra trás. Ele passou o resto de sua vida desejando ter se importado o suficiente para ter ido atrás dela naquele momento singelo. Mas ele não se importava. Dificilmente ele se importava o suficiente com algo a ponto de abandonar a sua zona de conforto. Ele nunca ria alto, não falava palavrão, não chorava. Nunca chorava. Drama, definitivamente, não era o seu forte No fundo achava que não tinha um forte. Era extremamente medíocre em tudo que fazia. Sem fracassos constrangedores, ou sucessos épicos... Esse era ele: só mais um no meio da multidão de gente que abandona as oportunidades por não se achar merecedor.

(escrito em algum momento de 2014, encontrado num caderninho-amigo-companheiro de todas as horas, sem linhas e sem datas)

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