domingo, 12 de fevereiro de 2017

Barco à deriva

escrito dia 03/02 em um bar qualquer


Tive que abrir tuas redes sociais hoje de novo. Queria saber como você tava, ver teu rosto, o que você andava compartilhando, esse tipo de coisa fugaz. E eu fiz isso, mesmo que a parcela da tua vida compartilhada seja irrisória. Eu queria saber, eu queria ver. Mesmo que cada vez que eu veja doa em algum lugar diferente, mesmo que eu tenha prometido pra mim mesma que ia ficar longe disso, que eu merecia mais. E eu sei que mereço mais que as migalhas que colho de ti pelo caminho que já trilhei.

Mas como eu poderia prever que de novo eu acordaria pensando em você? Como eu ia adivinhar que tu tinha o poder de me tornar barco à deriva? Eu que sempre mantive o compostura, que andava fiel com minha bússola, no controle do leme. Eu a me guiar, agora fico tão sem norte. Só há morte. E vazio. O vazio da vida que segue sem ti e leva os sentidos malucos que sempre existiram dentro da minha loucura. Nao há nada sem ti, o vazio é palpável, a dor é assombrosa. E eu? Eu sigo sem saber como seguir...

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