Fugir, esquecer, repensar, tentar, frustrar-me. Isso acontece sempre que penso em tudo que aconteceu. Apesar do álcool que circulava em minhas veias, as lembranças são claras, constantes. Quase vivas. Transformam-se em culpa e vergonha.
Lembro da tua boca. Nunca a desejei, tão pouco sonhei beijá-la. No entanto, lá estava eu. Beijando-a como se fossemos antigos amantes. Revolto-me em pensar quão fútil e superficial eu fui, traindo meus valores pelo momento. Arrependo-me, mas não muda o que aconteceu, não tira a minha culpa e nem a intensidade da minha tolice.
Mas nada muda. Nada me faz esquecer. Nada me faz perdoar a minha falta de sanidade. E as coisas continuam assim... eu quero que você esqueça, porque nunca te quis te verdade. E no fundo quem não consegue esquecer sou eu. Pois, não consigo me perdoar.
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