quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Reverência ao Destino .

"Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir.
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.
E com confiança no que diz.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer ou ter coragem pra fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.
E é assim que perdemos pessoas especiais.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"
Difícil é dizer "adeus", principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas...

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só.
Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar, e aprender a dar valor somente a quem te ama.

Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência, acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las.
Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta ou querer entender a resposta.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém, saber que se é realmente amado.

Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata."

Não sei o autor, e não é do Carlos Drummond de Andrade como vem sido divulgado. Somente a ultima frase é dele. Espero que gostem tanto quanto eu (:

domingo, 20 de fevereiro de 2011

lost .


Escrito em dias piores (:


"Sinto saudades. Quero fugir. Alguém poderia me dar abrigo, físico e emocional? Preciso de ajuda mas não sei pedir, não sei mostrar minhas necessidades. Tão pouco sei mostrar meus sentimentos, meus medos, minhas inseguranças e minhas frustrações.
Alguém no mundo está me escutando? Alguém saberia me explicar por que está tão frio por aqui? Mesmo nesse calor de verão, sinto as coisas frias.
Alguém poderia me ajudar a ligar a luz? Não encontro a luz! Essa escuridão me deixa cega, me deixa surda, me deixa muda!
Realmente não sei onde estou, não sei para onde vou, não sei quem sou.
Sinto-me insegura, mortalmente insegura. Preciso me achar dentro de mim, preciso me livrar disso. Mas sinto como se tivesse me perdido de tal forma que seria IMPOSSÍVEL me encontrar novamente. Irreversivelmente perdida.
Egoismo meu?! Choro.
Alguem seria capaz de me salvar? Alguém mereceria esse fardo?

Desculpem, eu não sei quem eu sou. Não nesse momento. Amanhã eu volto a respirar, assim espero."

Isis Dettweiler :*

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

quem? ela? eu?


Sinto-me perdida. Completamente fora de orbita. Vejo o mundo girar e não sei para que lado ir. Perdi minha identidade e quero voltar a ser quem fui um dia. Quem sou, mas deixei de ser por algum motivo qualquer que nem me recordo mais. No meu documento de identidade está escrito Isis Dettweiler, mas eu estou tão diferente dela.
Ela sorria. Chorava. Tirava 30 minutos do seu dia para olhar estrelas e contemplar o universo. Podia até ter um pouco de malícia no olhar, mas seu coração e alma eram genuinamente puros. Importava-se com os outros e levava isso realmente a sério. Não errava a torto e a direita. Isolava-se quando precisava pensar. Não saia falando coisas sem pensar e que acabariam machucando alguem. Era repleta de defeitos, mas se importava com isso e dava um valor extremo às qualidades.
É uma fase. Pois eu não vejo a hora dessa fase passar. Quero ouvir o som do despertador me trazendo de volta à realidade, me dizendo que foi apenas uma pesadelo e que chegou ao fim.

Desculpem-me pelos meus erros, pelo menos enquanto eu mesma não o faço.